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Reforma Tributária: o que muda para quem tem imóveis (e como se proteger)

A Reforma Tributária deixou de ser apenas uma notícia de jornal e se tornou uma realidade que vai impactar diretamente o bolso de todos os brasileiros. Para quem atua no mercado imobiliário — seja como investidor, proprietário ou inquilino —, as dúvidas são ainda maiores. Afinal, o aluguel vai ficar mais caro? Ainda vale a pena manter imóveis na pessoa física?

Para responder a essas perguntas e reduzir a insegurança que o tema gera, a Ximenes Netimóveis promoveu um encontro exclusivo com dois grandes especialistas: a advogada Letícia Madureira Horta Canabrava e o advogado e contador Alberto Diniz Cabral.

Se você não pôde acompanhar a palestra, não se preocupe. Preparamos este artigo com os principais insights apresentados para que você entenda o que vem por aí e comece a se planejar desde já.

 

O fim da “sopa de letrinhas” e a chegada do IVA

O principal objetivo da reforma é a simplificação do sistema tributário. Impostos amplamente conhecidos, como PIS, COFINS, IPI, ICMS e ISS, deixarão de existir. Em seu lugar, será implementado o IVA Dual, dividido em duas frentes:

  1. CBS (Contribuição sobre Bens e Serviços) – de competência federal;
  2. IBS (Imposto sobre Bens e Serviços) – de competência estadual e municipal.

Uma informação importante: quem está no Simples Nacional não será impactado de forma imediata. O regime permanece mantido, o que traz alívio para pequenos empreendedores, exceto para aqueles que optarem voluntariamente pela migração ao novo sistema.

 

O “CPF” do seu imóvel: conheça o CIB

Uma das grandes novidades apresentadas pelos especialistas é o Cadastro Imobiliário Brasileiro (CIB), que pode ser comparado a um verdadeiro “CPF” para cada imóvel.

O objetivo do governo é centralizar todas as informações cartorárias e fiscais em um único registro. Na prática, isso amplia o poder de fiscalização da Receita Federal, que poderá cruzar dados com mais facilidade para identificar quem é o proprietário do imóvel e quem, de fato, recebe os aluguéis. A informalidade tende a se tornar cada vez mais difícil de ser sustentada.

 

Alerta para a pessoa física

Este foi, sem dúvida, um dos pontos mais sensíveis da palestra. A Reforma Tributária estabelece critérios que podem tornar a tributação do investidor pessoa física significativamente mais onerosa.

Caso o contribuinte possua mais de três imóveis e obtenha receita anual com aluguéis superior a R$ 240 mil, ou ainda receita total superior a R$ 288 mil, independentemente do número de bens, poderá ser equiparado a uma pessoa jurídica para fins tributários.

Impacto no bolso

Atualmente, o proprietário pessoa física paga apenas o Imposto de Renda, cuja alíquota pode chegar a 27,5%. Com a mudança, além do IR, haverá a incidência do IBS e da CBS. A estimativa apresentada aponta para um aumento real da carga tributária em torno de 30%.

Essa regra vale tanto para a locação quanto para a venda habitual de imóveis. Em outras palavras, manter um grande patrimônio apenas no CPF pode deixar de ser financeiramente viável.

 

A virada de chave: holdings patrimoniais e a questão do ITBI

Diante desse cenário, a solução apontada pelos especialistas é a profissionalização da gestão patrimonial por meio de uma holding.

Transferir os bens para uma Pessoa Jurídica passa a ser quase uma obrigação para quem deseja proteger o patrimônio e reduzir a carga tributária. A comparação aproximada apresentada foi a seguinte:

  • Pessoa Física: risco de tributação total entre 30% e 40%;
  • Holding (Lucro Presumido):
    • 11% a 16% na locação;
    • 6% a 9% na venda de imóveis.

Atenção ao custo de entrada: ITBI

O contador Alberto Diniz destacou um ponto crucial para quem pensa em abrir uma holding: o custo da transferência dos imóveis. Atualmente, ao integralizar imóveis em uma empresa que exerce atividade imobiliária (compra, venda ou locação), há incidência do ITBI, que em cidades como Belo Horizonte e Nova Lima gira em torno de 3% do valor do imóvel. Esse custo inicial costuma ser a principal barreira para muitos investidores.

Uma boa notícia no horizonte

Está em julgamento no STF o Recurso Extraordinário nº 1.495.108, que discute a imunidade do ITBI nessas transferências, independentemente da atividade da empresa. Caso a decisão seja favorável aos contribuintes — e já existem votos nesse sentido —, esse custo inicial pode deixar de existir.

Segundo os especialistas, se isso acontecer, a criação de holdings patrimoniais tende a crescer de forma significativa no Brasil, tornando-se uma estratégia altamente vantajosa.

 

Split Payment: o fim da inadimplência fiscal

Outra mudança operacional relevante é o Split Payment (pagamento dividido). No futuro, ao pagar um aluguel ou adquirir um imóvel, o próprio sistema bancário fará a separação automática dos valores.

A parte correspondente aos impostos será destinada diretamente aos cofres públicos, e apenas o valor líquido será creditado ao vendedor ou locador. Além de garantir arrecadação imediata ao governo, o modelo gera créditos tributários automáticos para inquilinos que sejam empresas, tornando a locação via Pessoa Jurídica mais competitiva no mercado corporativo.

Quando tudo isso começa?

Não há motivo para pânico, mas há, sim, necessidade de planejamento. A transição será gradual:

  • 2026: início da fase de testes, com alíquotas reduzidas, apenas para calibração do sistema;
  • 2027 a 2032: aumento progressivo das novas alíquotas e extinção gradual dos impostos antigos;
  • 2033: o novo sistema passa a vigorar integralmente.

 

O que fazer agora?

A mensagem final de Letícia Madureira e Alberto Diniz foi clara: não existe uma solução única. O que funciona para um investidor pode não ser o ideal para outro.

Este é o momento de analisar números, simular cenários e buscar orientação especializada. Consultar um contador e um advogado com experiência no mercado imobiliário é fundamental, especialmente considerando a variável do ITBI. Para alguns, a criação de uma holding pode ser urgente; para outros, pode ser mais estratégico aguardar a decisão do STF.

Na Ximenes Netimóveis, acompanhamos atentamente cada etapa da regulamentação para garantir que você tenha segurança, informação e as melhores decisões em seus negócios imobiliário

🎥 Assista à palestra completa

Quer se aprofundar nos detalhes técnicos e ver os exemplos práticos apresentados pelos especialistas? Confira a gravação na íntegra da nossa reunião exclusiva disponível no YouTube:

Clique aqui para assistir ao vídeo: Impactos da Reforma Tributária no Mercado Imobiliário

Senior Living: o novo jeito de morar para quem quer envelhecer com qualidade de vida

Por: Cássia Ximenes – 12/11/2025

O tema da redação do Enem deste ano, Perspectivas do Envelhecimento no Brasil, mostra como o país começa a olhar para uma realidade inevitável. Estamos vivendo mais, e isso muda tudo, inclusive o nosso jeito de ver moradia para o nosso próprio futuro e para o futuro de uma população crescente que passa a desejar projetos planejados para essa fase da vida.

Em pouco mais de 20 anos, o Brasil terá mais idosos do que crianças, e essa virada demográfica transforma não só o sistema de saúde, mas também o consumo, o lazer, a mobilidade e, principalmente, o jeito de morar. Construtoras e incorporadoras já se antecipam a essa nova fase. Projetos com acessibilidade, corredores amplos, iluminação adequada, áreas de convivência e serviços de apoio começam a se multiplicar nas grandes cidades.

São empreendimentos que unem conforto, segurança e autonomia para quem quer envelhecer bem, com independência e qualidade de vida. Alguns já seguem o conceito de Senior Living, modelo que combina moradia individual com suporte compartilhado, uma tendência internacional que começa a ganhar força também no Brasil, especialmente entre famílias que buscam novas formas de morar e de cuidar.

O fato é que viver mais exige repensar como e onde queremos viver e abre uma grande janela de oportunidade para um público crescente. Esse é o novo nicho que investidores já estão de olho como uma excelente opção de ganhos.

Disponível: https://rede98.com.br/98-news/senior-living-o-novo-jeito-de-morar-para-quem-quer-envelhecer-com-qualidade-de-vida/

O endereço onde nasceu uma revolução musical: Clube da Esquina

Desconto de até 30% no IPTU em BH

Por Cássia Ximenes – 05-11

Você sabia que pode garantir até 30% de desconto no IPTU de 2026 em Belo Horizonte? A prefeitura abriu o prazo para quem participa do programa BH Nota 10 resgatar os créditos acumulados com a emissão de notas fiscais de serviços.

Funciona assim: toda vez que o morador de Belo Horizonte pede a emissão da Nota Fiscal de Serviços Eletrônica — seja em uma consulta médica, em uma academia, no salão de beleza ou em qualquer outro serviço — parte desse valor volta como crédito.

E esse crédito pode ser usado para reduzir o valor do IPTU do imóvel indicado, mas é preciso atenção ao prazo. Os créditos só valem para notas emitidas entre 1º de novembro de 2024 e 31 de outubro de 2025. O resgate deve ser feito até o dia 30 de novembro no site do BH Nota 10. Depois disso, o crédito expira e não pode ser aproveitado em anos seguintes.

Além disso, esse desconto pode ser somado a outros benefícios fiscais, desde que o total não ultrapasse 30% do valor do imposto.

Para quem é proprietário, locador ou investidor, essa é uma informação importante, porque no fim das contas, o que pesa não é apenas o valor do imóvel, mas o custo de mantê-lo. Todo desconto que ajuda a reduzir despesas fixas, como o IPTU, significa mais rentabilidade e mais competitividade na hora de alugar ou vender o imóvel.

E mais: programas como esse também estimulam a formalização de serviços, fortalecendo a economia local e aumentando a arrecadação de forma justa. Ou seja, quem pede nota fiscal ajuda a cidade e ainda ganha um benefício no bolso.

Fica a dica: acesse o portal BH Nota 10, consulte seus créditos e garanta seu desconto antes do fim de novembro. E se quiser transformar informação em vantagem, acompanhe sempre o Negócio é Imóvel aqui na 98 News.

Disponível em: https://rede98.com.br/98-news/desconto-de-ate-30-no-iptu-em-bh/

Operação Urbana Simplificada pode destravar investimentos no Centro de BH

Por Cássia Ximenes – 03/11/2025

Belo Horizonte se prepara para um novo capítulo na sua história urbana. Nesta sexta-feira, 31 de outubro, a prefeitura de Belo Horizonte apresentou à Câmara Municipal o projeto de lei que institui a Operação Urbana Simplificada, Regeneração dos bairros do centro.

Iniciativa destinada à requalificação do centro e dos bairros circunvizinhos. O texto abrange o hipercentro e bairros como Carlos Prates, Pompeia, Lagoinha, Concórdia, Floresta, Santa Efigênia, Boa Viagem, Barro Preto e Colégio Batista. A meta é clara: reverter o esvaziamento urbano, estimular moradia e comércio no coração da cidade, aproveitando a infraestrutura existente.

Para os empreendimentos que aderirem, o projeto prevê incentivos fiscais e urbanísticos. Isenção de IPTU e ITBI, dispensa de taxas municipais para licenciamento, além de possibilidade de ampliar o potencial construtivo e isenção da outorga onerosa do direito de construir em áreas atualmente estagnadas. Como consultora de mercado imobiliário, vejo aí uma janela relevante de oportunidade.

Terrenos e edifícios no centro ou no entorno poderão ter novo apelo para retrofit, uso misto ou moradia. No entanto, cabe atenção: a proposta ainda tramita na Câmara e os detalhes, quais áreas se qualificam, por quanto tempo os incentivos valerão, quais contrapartidas serão exigidas, ainda serão definidos.

Foco no próximo passo: quem atua hoje com compra, venda, locação ou avaliação, precisa monitorar o texto legislativo, mapear possibilidades de aplicação para clientes ou investidores e antecipar modelos de produtos que se adequem à valorização esperada.

Disponível em: https://rede98.com.br/98-news/operacao-urbana-simplificada-pode-destravar-investimentos-no-centro-de-bh/

Tendência imobiliária: o charme dos imóveis mobiliados e decorados

Cássia Ximenes – 27/10/2025

Os imóveis mobiliados, ou como o mercado gosta de chamar, de porteira fechada, estão cada vez mais em alta. Essa tendência reflete o novo comportamento do consumidor: pessoas que valorizam praticidade, tempo e experiência.

Na locação, o mobiliado é sinônimo de solução imediata. Quem chega à cidade a trabalho, quem está começando a vida ou quem precisa mudar com rapidez encontra no imóvel mobiliado a chance de entrar e morar sem perder tempo com reformas e montagem do novo lar. Isso vale também para o imóvel corporativo.

Já na venda, o cenário muda, mas o encanto é o mesmo. Um apartamento de porteira fechada pode ser decisivo na escolha, mas aqui está o detalhe: não basta ser mobiliado, tem que ser decorado. O comprador precisa se identificar não apenas com a localização e o valor, mas também com o estilo, o mobiliário e o clima do ambiente.

Afinal, o imóvel deixa de ser apenas um produto e passa a ser uma experiência. Quando o espaço tem bom gosto, harmonia e personalidade, ele cria conexão. É o famoso efeito cenário: o cliente entra e se imagina morando ali.

Isso faz toda a diferença. Imóveis bem decorados e em bom estado costumam alugar até 30% mais rápido que os comuns. E, na venda, a percepção de valor é imediata. O investimento em decoração se paga com a valorização e a velocidade de negociação.

E a comprovação vem na prática. Nos lançamentos imobiliários, o famoso apartamento modelo é sempre o primeiro a receber propostas de compra. Ele mostra o poder que um ambiente bem planejado tem de encantar o cliente — tanto que muitas imobiliárias já investem em inteligência artificial para criar decorações virtuais que ajudem o comprador a visualizar o potencial de cada imóvel.

Mas entre o virtual e o decorado pronto para entrar, a realidade ainda ganha de disparado. No mercado de hoje, praticidade é um ativo, e o imóvel de porteira fechada, bem planejado e decorado com estilo, é aquele que conquista no primeiro olhar.

Disponível em:  https://rede98.com.br/98-news/tendencia-imobiliaria-o-charme-dos-imoveis-mobiliados-e-decorados/

Nova linha de crédito facilita reformas e revitaliza cidades brasileiras

Por Cássia Ximenes

22-10

Você já pensou em reformar sua casa, mas esbarrou no custo? Pois agora isso pode mudar. O governo anunciou uma nova linha de crédito voltada para reformas habitacionais — uma medida que promete aquecer o setor da construção e melhorar a qualidade de vida de milhares de famílias brasileiras.

A proposta é simples e inteligente. Em vez de pensar só em novas moradias, a política habitacional passa a olhar também para o que já está construído. Casas antigas, apartamentos que precisam de modernização — tudo isso pode ganhar vida nova com condições especiais de financiamento.

Essa é uma mudança importante de visão, porque moradia digna não é apenas ter um teto. É viver com segurança, conforto, salubridade e eficiência. E quando uma casa melhora, o entorno também melhora. Uma fachada reformada valoriza o quarteirão, movimenta o comércio local e estimula o vizinho a cuidar do seu imóvel. E o melhor: agora isso está ao alcance de muita gente.

Podem participar famílias com renda de até R$ 9.600 por mês que já possuam um imóvel residencial em área urbana. O financiamento vai de R$ 5.000 a R$ 30.000, com prazo para pagamento entre 2 e 5 anos. As taxas de juros são reduzidas: 1,17% ao mês para quem ganha até R$ 3.200, e 1,95% para quem está na faixa acima disso.

Os recursos podem ser usados para melhorar o que já existe — trocar o telhado, reformar o banheiro, pintar a fachada, corrigir infiltrações ou atualizar instalações elétricas e hidráulicas. Além do benefício individual, o programa ajuda a revitalizar os centros urbanos, trazendo de volta o movimento e a moradia para áreas que perderam vitalidade.

É uma política que une o social e o urbano — melhora a casa, valoriza o bairro e fortalece a cidade. No fim das contas, reformar também é construir o futuro.

 

Disponível em: https:https://rede98.com.br/98-news/nova-linha-de-credito-facilita-reformas-e-revitaliza-cidades-brasileiras/

Cada dia com o imóvel vazio é dinheiro perdido: saiba por quê

Por Cássia Ximenes

20/10

Você já parou para pensar quanto custa cada dia que o seu imóvel fica vazio? Muita gente olha só para o valor do aluguel, mas esquece que o tempo também pesa — e muito — no bolso do proprietário. Enquanto o imóvel está parado, as contas continuam: condomínio, IPTU, luz, água e, muitas vezes, gastos para manter o imóvel apresentável.

Um erro muito comum é começar com o preço lá em cima, achando que dá para negociar depois. Só que, na prática, isso afasta bons inquilinos logo de cara. O mercado está competitivo. Quem procura, compara e vai escolher um imóvel com preço justo e coerente. Quando o valor está alinhado ao mercado, o imóvel ganha destaque e é alugado bem mais rápido.

E o mais curioso é que, às vezes, um pequeno desconto no início representa uma grande economia no final, porque evita semanas ou até meses de imóvel vazio. Cada dia sem locação é dinheiro que deixa de entrar e despesa que continua saindo. Um aluguel bem precificado garante fluxo de caixa estável, atrai bons inquilinos e reduz as dores de cabeça lá na frente.

Em resumo: valor acima do mercado é imóvel parado e custo acumulando. Valor certo é locação rápida e menos prejuízo. Avaliar o imóvel corretamente não é perder dinheiro — é garantir retorno mais rápido e sustentável.

 

Disponível em: https://rede98.com.br/98-news/cada-dia-com-o-imovel-vazio-e-dinheiro-perdido-saiba-por-que/

Retrofit é o novo luxo: marcas globais mostram o caminho

Por Cássia Ximenes

15-10

O novo luxo não está mais no mármore, nas fachadas espelhadas ou nos acabamentos sofisticados. Hoje, o verdadeiro valor está na história que o prédio carrega e na forma como ele se conecta com a cidade. Grandes marcas globais já entenderam isso. Apple, Zara, Starbucks — elas não estão mais apenas alugando espaços comerciais. Estão comprando e retrofitando edifícios históricos para transformá-los em palcos de identidade e estratégia.

A Apple é um exemplo emblemático. Sua loja na Quinta Avenida, em Nova York, com o icônico cubo de vidro, é um prédio próprio. O mesmo acontece na Champs-Élysées, em Paris, onde a marca restaurou um edifício centenário e o transformou em uma experiência arquitetônica e sensorial única. A Zara seguiu o mesmo caminho em Madri e Milão, ocupando construções históricas que se tornaram vitrines não apenas de moda, mas de estilo de vida. Já a Starbucks elevou o conceito: em Chicago, Tóquio e Buenos Aires, instalou unidades premium em prédios tombados, ressignificando o espaço e convertendo-o em destino turístico e cultural.

Esse movimento une branding e investimento imobiliário. Ao adquirir e restaurar imóveis icônicos, essas empresas consolidam presença, valorizam o entorno urbano e transformam o metro quadrado em símbolo de poder e pertencimento.

E é aqui que Belo Horizonte entra na conversa. A cidade tem um patrimônio arquitetônico riquíssimo, com prédios tombados no hipercentro e joias em bairros como Lourdes, Floresta e Lagoinha. Com as novas regras municipais de retrofit, que facilitam a ocupação e incentivam a revitalização, abre-se um campo fértil para a reocupação inteligente.

Imagine marcas estratégicas adquirindo e revitalizando esses imóveis. O impacto ultrapassa a estética: bairros se transformam, aluguéis se valorizam e polos de consumo renascem. Retrofit, nesse contexto, não é apenas reforma — é reposicionamento urbano.

O futuro do mercado imobiliário não está mais em vender área, mas em construir contexto. O novo luxo é a soma entre memória, identidade e estratégia — transformar prédios históricos em protagonistas de novas histórias.

 

Disponível em: https://rede98.com.br/98-news/retrofit-e-o-novo-luxo-marcas-globais-mostram-o-caminho/

Wellness Real Estate: o novo padrão do mercado imobiliário

Por Cássia Ximenes

13/10/2025

A preocupação com a saúde e o bem-estar invadiu o mercado imobiliário, influenciando os novos projetos e se tornando um fator decisivo na hora da compra. O novo conceito ainda não foi batizado no Brasil, por isso, vamos continuar chamando de Wellness Real Estate.

Essa ideia vem ganhando força no mundo todo e vai muito além de construir um imóvel bonito. Trata-se de criar espaços projetados para promover saúde física, mental e bem-estar. E o mais interessante: além de melhorar a qualidade de vida, esses empreendimentos também trazem retornos financeiros acima da média.

De acordo com o Global Wellness Institute, residências com foco em bem-estar podem alcançar um preço de venda entre 10% e 25% maior nos segmentos de médio e alto padrão. Já no mercado corporativo, os aluguéis desses prédios podem subir de 4% a 8% por metro quadrado em relação aos edifícios tradicionais.

Os benefícios vão além dos números. Projetos de Wellness Real Estate costumam ter vendas mais rápidas, contratos de locação mais longos, menor rotatividade e maior satisfação dos moradores. Isso porque incorporam soluções como iluminação natural, ventilação cruzada, áreas verdes integradas, espaços de convivência, infraestrutura para atividades físicas e tecnologias voltadas para a qualidade do ar e da água.

Essa é uma tendência clara de mercado, que deixa investidores e compradores de imóveis para uso próprio sedentos por projetos mais saudáveis, sustentáveis e rentáveis. O bem-estar está deixando de ser um diferencial para se tornar um novo padrão de valor no mercado imobiliário.

 

Disponível em  https://rede98.com.br/98/colunistas/wellness-real-estate-o-novo-padrao-do-mercado-imobiliario/